Prajna: Revista de Culturas Orientais
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<p><strong>Prajna: Revista de Culturas Orientais</strong> é um periódico semestral que se destina à publicação de artigos inéditos resultantes de pesquisas acadêmicas com foco multidisciplinar nos aspectos culturais do Oriente difundidos também em diferentes regiões do mundo. Serão aceitos trabalhos em português, inglês e espanhol que dialoguem com religião, política, literatura, filosofia e outros temas relacionados ao Oriente. Em casos de outras línguas, o autor deverá manifestar a possibilidade de tradução.</p> <p>A <strong>Prajna</strong> é uma publicação do <a href="http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/202961" target="_blank" rel="noopener">Laboratório de Pesquisa sobre Culturas Orientais (LAPECO), </a>cadastrado no CNPq e realizado junto à Universidade Estadual de Londrina.</p> <p>ISSN: 2675-9969</p>Laboratório de Pesquisa sobre Culturas Orientais (GPECO)en-USPrajna: Revista de Culturas Orientais2675-9969A flor da magnólia e a espada: os textos medievais sobre Hua Mulan (séc. XI EC) - a “Balada de Mulan” e a “Canção de Mulan”
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<p>O presente artigo oferece uma tradução dos textos “Balada de Mulan” (<em>Mùlán Cí</em> 木蘭辭) e “Canção de Mulan” (<em>Mùlán Gē </em>木蘭歌). O primeiro texto, de autoria anônima, foi escrito por volta dos séculos V e VI da EC, durante a Dinastia Wei do Norte (386-534 EC). O segundo texto foi escrito por Wei Yuanfu 韋元甫 (m. 771 EC), por volta de 750 EC, durante a Dinastia Tang (618-906 EC). Ambos os textos narram a saga de uma mulher que se junta ao exército no lugar de seu velho pai para lutar numa guerra. Essas duas versões estão presentes na <em>Antologia da Poesia Yuefu</em> (<em>Yuèf</em><em>ǔ</em><em> Sh</em><em>ī</em><em>j</em><em>í</em> 樂府詩集), compilada pelo poeta Guo Maoqian 郭茂倩, da, Dinastia Song (960-1279 EC), no século XI EC.</p>José Ivson Marques Ferreira de Lima
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2025-11-062025-11-0659117Tradução de provérbios chineses para português numa perspetiva da teoria dos esquemas
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<p style="font-weight: 400;">Os provérbios chineses provêm da sabedoria popular, a maioria deles emerge da experiência empírica quotidiana do povo, carregando consigo os conhecimentos históricos e antigos da cultura chinesa. Eles caracterizam-se por estrutura simétrica com as rimas no final, conferindo ritmo à frase para dar múltiplos efeitos expressivos, desde os proféticos, pedagógicos, religiosos, elogiosos até os irónicos. O presente artigo propõe uma introdução panorâmica às características de provérbios chineses, para analisar a tradução deles em português europeu. Diante da diferença entre as duas culturas distantes, os tradutores enfrentam desafios constantes para preencher as lacunas lexicais e conceituais culturais entre as duas línguas. Para tal, este estudo busca analisar esta questão com recurso à teoria dos esquemas, tendo como objetivo demonstrar a eficácia desta abordagem analítica nos processos tradutivos de chinês para português. Através de um estudo de caso, este trabalho também visa fornecer aos tradutores algumas estratégias para ultrapassar as dificuldades durante o processo de tradução. Este estudo tenta contribuir para as investigações futuras neste domínio.</p>Jianan Wang
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2025-11-062025-11-0659128A diplomacia de “Fulin” e o envio de embaixadas bizantinas à China
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<p>O presente artigo é resultado da análise de diferentes fontes primárias chinesas que abordam o contato com embaixadas bizantinas durante o período imperial de sua história. A partir dessa análise, serão discutidos alguns pontos como: o motivo que teria levado os bizantinos até a China em diferentes ocasiões e a forma como os cronistas chineses retratavam os estrangeiros em seus anais. Para tanto, a pesquisa documental propriamente dita foi realizada com auxílio de revisão bibliográfica sobre o tema, buscando-se refletir não apenas sobre o objeto de estudo em si, como também sobre a própria evolução de algumas discussões que ocorreram ao longo da historiografia no que diz respeito à temática em questão.</p>Marcus Dorneles
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2025-11-062025-11-0659121Shenzhen além do mito: histórico geoestratégico e desenvolvimento no sudeste da China
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<p>O artigo explora a história e relevância geoestratégica de Shenzhen, consolidada como Zona Econômica Especial (ZEE) após a Reforma e Abertura da China em 1978. Embora frequentemente retratada como um caso de crescimento rápido e sem precedentes históricos, a pesquisa revela que essa narrativa é imprecisa. A região possuía importância estratégica desde a Dinastia Qin (221-206 a.C.), integrando a Prefeitura do Mar do Sul. Com localização privilegiada na foz do Rio das Pérolas, abrigou o porto de Chiwan, fundamental para o comércio desde a Dinastia Song (960-1279). A produção de sal, uma das mais antigas atividades econômicas da região, precedeu em séculos indústrias como a pesca de pérolas e a extração de madeira de incenso. Durante a era imperial, o monopólio estatal do sal financiou grandes obras, incluindo a construção da Grande Muralha. A ascensão contemporânea de Shenzhen reflete a continuidade de seu papel estratégico, catalisando as Quatro Modernizações e desempenhando um papel central no retorno de Hong Kong ao controle chinês. O estudo, de caráter exploratório, refuta a ideia de que a cidade surgiu repentinamente, mostrando sua trajetória secular e geoestratégica. A pesquisa baseou-se na análise de dados e revisão de literatura, utilizando fontes secundárias, como obras teóricas, artigos científicos, dissertações universitárias e dados estatísticos oficiais, para contextualizar a relevância histórica e contemporânea de Shenzhen no desenvolvimento econômico da China.</p>André Victor Victor
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2025-11-062025-11-0659124O vazio na pintura de paisagem chinesa e as heranças da pintura ocidental em perspectiva comparada: diferentes modos de concepção do meio “rural”
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<p>O presente artigo tem por objetivo analisar dois projetos estéticos diferentes por meio da concepção de “vazio” e “rural”: a pintura ocidental, cujo legado colonial é incontornável sobre homens e espaço, em especial o rural, e a pintura de paisagem chinesa que, ainda mais longeva que a ocidental, apresenta outro modelo de conceber o espaço. A percepção de que a iconografia está intrinsecamente associada ao meio, atores e forças produtivas de uma sociedade e como essas influenciam decisivamente sobre sua forma é analisada por diversos críticos e sociólogos da Arte, como Theodor Adorno e Pierre Francastel. A justaposição, portanto, de duas realidades aparentemente tão díspares, pode contribuir com a melhor compreensão desses dois fenômenos estéticos que reproduzem o vazio de forma simbólica. Por um lado, tem-se imaginários degradantes e negativos sobre o espaço rural e seus habitantes com finalidades políticas de classe, como mostra a herança dessas concepções na pintura de Lula Cardoso Ayres. Por outro, dota-se de sentido filosófico e espiritual o mesmo espaço ao longo de séculos, ainda que transformando-se ao longo do tempo – como demonstram vários autores, dentre eles François Cheng.</p>Kerolayne Correia de Oliveira
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2025-11-062025-11-0659127