As festividades em torno dos aniversários da imigração japonesa para o Brasil foram compostas por um discurso memorialista, que possuía como objetivo a produção de uma narrativa romanceada sobre esse processo; protagonizando o imigrante e o colocando como pioneiro no desenvolvimento do país. Além disso, nas comemorações foi salientado a amizade entre o Brasil e o Japão, destacando uma imagem cristalizada. Para análise, selecionamos os Imin 50, 70 e 80, por serem eventos marcantes e que se realçaram entre as ocasiões comemorativas. Como aporte teórico, empregaremos os autores que debatem a memória, tais como Michael Pollak e Pierre Nora. Como resultados, sugerimos que o discurso memorialístico esteve presente na maioria das comemorações, propagando quase os mesmos elementos, contudo alterou-se conforme os anos, o contexto e o objetivo dos organizadores.