O presente artigo procura fazer uma comparação entre a prática do ioga e certos exercícios espirituais comuns à filosofia grega e latina da Antiguidade. Nossa intenção é a de destacar as semelhanças e diferenças neste conjunto de práticas para que possamos sublinhar a singularidade histórica de cada uma delas, tanto do ioga quanto da filosofia. O objetivo deste empreendimento é buscar estabelecer, através desta comparação, novos insights sobre as divisões entre Ocidente e Oriente e fornecer subsídios para aqueles que no futuro estiverem interessados em observar a transplantação de formas culturais específicas mediante certas noções que acabam alçadas à universalidade – e que nos permitem afirmar algo como uma “filosofia sem fronteiras” situada entre particulares e universais.