No início dos anos 1930, um grupo de imigrantes japoneses chamado kōtakusei (graduados da Escola Superior de Emigração 高等拓殖学校 - Kōtō Takushoku Gakkō) chegou ao estado do Amazonas para iniciar suas atividades. Ao contrário dos outros imigrantes que vieram antes (a maioria deles em grupos familiares, com o objetivo de poupar dinheiro e retornar ao Japão), os kōtakusei estudavam por cerca de um ano no Japão antes de se mudarem para o Brasil permanentemente. Naquela época, o governo do estado do Amazonas queria que a terra fosse produtiva, mas não havia mão de obra. Alguns anos antes da chegada do kōtakusei, um contrato havia sido assinado, arrendando gratuitamente mil hectares de terra na margem do rio Amazonas, após alguma negociação. Entretanto, o tamanho da terra sob concessão conflitava com o permitido na nova Constituição brasileira (1934), e em 1936 o Senado brasileiro anulou o contrato. Este artigo apresenta uma investigação sobre a questão da concessão de terras como foi veiculada pelos jornais, discutindo o interesse neste tópico não apenas no Brasil (em jornais do acervo da Biblioteca Nacional), mas também nos EUA (em jornais encontrados na Coleção Digital Hoji Shinbun).